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“Breve”, com pelo menos três sentidos. Nem ampla em número de participantes, nem em tamanho (um livro pocket), nem abrangente por autor, pois cada um deles é de longo percurso em livros e múltiplas militâncias culturais no DF, desde meados da década de 1970, quando se
dedicavam à construção da identidade de poeta, ao mesmo tempo em que Brasília ia se consolidando como Capital e expressão urbana e política.

Uma antologia candanga ou brasiliense? Tarde para a primeira, cedo para a segunda. Esses poetas ora convidados não nasceram no Distrito Federal, tampouco são pioneiros como foram os seus pais. Se bem que ainda são de pioneirismos outros: máquina de datilografia; mimeógrafo; ficha telefônica; fita cassete; e confrontos variados: contra o mercado editorial, a ditadura e diversos outros arrochos.

Na década de 80, guitarra era uma fortuna e computador, idem. Na poesia e em outras parcerias, a maioria fez parte da chamada “geração dos poetas marginais” e batalhou por espaços anteriores ao Espaço Renato Russo, outrora chamado de Galpão, Galpãozinho, Centro de Criatividade e Galeria Cabeças, entre outros nomes.

E quanto a livros? Batalhas não menos complicadas. Se o DF é, em termos de população, a terceira maior região metropolitana do Brasil, o seu imenso parque gráfico fez fortuna, sim, mas a serviço da máquina burocrática: bilhões de blocos e envelopes timbrados; uma produção
gigantesca de “livros” oficiais e de publicações no âmbito da denominada “publicidade legal” e suas tiragens diárias e documentais: diários da União, da Justiça, do Congresso, do GDF etc. etc.

Poesia? Ora, ora! Dá para pegar uma carona na super mega Gráfica do Senado? Risos. Melhor combinar com a próspera Semim Edições e com o editor Sóter e ele acenar com o seu sorriso camarada de sempre, afirmando: “Deixa comigo”!

Beirute? A referida antologia surgiu de um bate-papo no “Beira
Norte” (o Bar Beirute da Asa Norte), quando se deduziu o fim da
“pandemia” como hora de se reacender uma velha chama e se reanimar um agora velho talento – de tirar leite de pedra não! De extrair licor do pequi e de outras preciosidades do Cerrado, das Águas Emendadas e das lições de coragem e bravura, que têm sido a marca de quem por aqui chegou ainda criança ou jovem e foi atrás do que a terra dava mostras em fertilidade e em originalidade.

Esperam os oito poetas setentões, ou quase, aqui reunidos, que esse
projeto-piloto de livro se demonstre como uma semente pródiga a inspirar muitas outras. São eles: Angélica Torres Lima, Francisco K, José Carlos Vieira, Luis Martins da Silva, Nicolas Behr, Noélia Ribeiro, José Sóter e Vicente Sá.

POR LUIS MARTINS DA SILVA

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